Lidiane Faria Santos: Química, Mestre em Engenharia Química, Doutora em Agroquímica. Professora dos cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia Química da Univiçosa.
No dia 08 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher e para homenagear as cientistas de todo o mundo nada mais justo que lembrarmos de Marie Curie, a primeira mulher do mundo a ganhar um prêmio Nobel.
Marie Sklodowska nasceu em 07 de novembro de 1867 em Varsóvia, na Polônia. Em 1891, aos 24 anos, mudou-se para Paris para continuar seus estudos. Em 1894 ela conheceu o professor Pierre Curie com quem se casou no ano seguinte, passando então a ser chamada de Madame Curie.
Em 1896, Marie Curie iniciou seus estudos sobre a radioatividade que Henry Becquerel havia descoberto dois anos antes. As pesquisas realizadas por ela, com a ajuda de seu marido Pierre, levaram a descoberta de dois novos elementos químicos: o polônio e o rádio.
Em 1903 Marie defendeu sua tese obtendo o título de doutora pela Sourbonne e tornando-se a primeira mulher a receber o título nesta universidade. No final do mesmo ano, Marie e Pierre Curie receberam o prêmio Nobel de Física pela descoberta dos dois elementos químicos.
Após a morte de seu marido em 1906, Marie continuou a estudar a radioatividade, principalmente suas aplicações terapêuticas e, em 1911 recebeu outro prêmio Nobel, desta vez em Química, por suas pesquisas com o elemento rádio, tornando-se a primeira pessoa até então, a ganhar duas vezes o prêmio Nobel.
Em 4 de julho de 1934, Marie faleceu devido a uma leucemia causada pela longa exposição aos elementos radioativos.
Marie Curie conseguiu se destacar como pesquisadora numa época em que as universidades eram de domínio masculino. Foi a partir do seu trabalho que surgiu um enorme interesse pelos fenômenos radioativos.
Com certeza sua vida não foi em vão já que graças a ela, a radioatividade é amplamente utilizada. Inclusive as doses de radiação utilizadas em tratamentos são chamadas de microcuries.