Bioativação ou ativação biológica propicia ainda a redução das partículas desses defensivos que se espalham rapidamente no ar na forma de névoa, que dependendo dos fatores climáticos existentes no local de sua aplicação pode ser dispersada rapidamente alcançando extensas áreas.
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Svetlana Fialho Soria Galvarro: Engenheira Agrícola e Ambiental, Mestre em Engenharia Agrícola. Professora dos cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia Química da Univiçosa
O ano 2015 foi anunciado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) como o Ano Internacional do Solo e com o passar do tempo, tem se observado a contínua perda de áreas agriculturáveis em decorrência da má utilização do solo o que propicia condições para erosão e perda de fertilidade. Esse contexto demanda o uso de tecnologias práticas para a solução de tais problemas, entre elas, cita-se a bioativação de solos e plantas que ganhou destaque, principalmente, nos últimos três anos no Brasil e já é aplicada em mais de um milhão de hectares no país.
Essa tecnologia consiste no fortalecimento dos próprios organismos existentes no solo por meio de compostos bioativadores paralelamente associadas a plantio direto, rotação de culturas, adição de matéria orgânica, entre outros. Dessa forma, cria-se condições propícias a redução do impacto ambiental negativo ao solo, água e ar, uma vez que é reduzida a necessidade do uso de defensivos agrícolas.
O Brasil é um dos maiores consumidores desses defensivos, utilizando cerca de 19% do total produzido no mundo, sendo que a maior parte não atinge a praga alvo e é destinado a água, ao solo e o ar ocasionando uma poluição invisível. Esses defensivos agrícolas quando entram em contato com a água dos rios podem matar diretamente animais e plantas aquáticas ou ainda ter um efeito indireto através da acumulação em peixes e plantas.
Bioativação ou ativação biológica propicia ainda a redução das partículas desses defensivos que se espalham rapidamente no ar na forma de névoa, que dependendo dos fatores climáticos existentes no local de sua aplicação pode ser dispersada rapidamente alcançando extensas áreas.
A bioativação potencializa a capacidade da planta em converter luz, água e nutrientes o que facilita a associação da mesma com o solo e os microorganismos, além de reduzir os custos e propiciar condições para uma agricultura sustentável.