Alunos de Administração e Gestão de Empresas visitam Ouro Preto

Alunos dos cursos de Administração e Gestão de Empresas da Univiçosa visitaram locais históricos da principal cidade do ciclo econômico do ouro brasileiro

Publicado em 10 de maio de 2018

No último dia 21 de abril, no feriado de Tiradentes, alunos de Administração e Gestão de Empresas da Univiçosa realizaram Visita Técnica ao município de Ouro Preto/MG, sob supervisão do Professor Marcos Nazareth no âmbito das atividades extraclasse da disciplina de Economia Brasileira ofertada para os alunos do 5º período do curso de Administração, mas com a participação de estudantes de outras turmas, inclusive do curso de Gestão de Empresas.

A visita à cidade deveu-se a sua destacada importância no Ciclo do Ouro brasileiro que, dado as suas características peculiares (salientadas in loco durante a visitação), alterou substancialmente o eixo econômico de desenvolvimento do Brasil naquele momento da história. Sob qualquer aspecto considerado, era a cidade mais importante do país naquele período e, além disso, a mais populosa da América Latina no seu auge.

Nesse sentido, realizaram-se ao todo 5 (cinco) visitas a locais pré-determinados da cidade: a antiga Mina de Ouro Du Veloso; o Museu Casa da Moeda; a Praça Tiradentes e as Igrejas do Pilar e São Francisco. Cada um desses pontos cumpriu um propósito no contexto geral da visita técnica.

A visitação da Mina de Ouro se deu pelo fato de ser ela a base da atividade econômica originadora e promotora de tudo mais que se desenrolou em torno. E ainda, nesse local, destacou-se também as técnicas conhecidas da época para a gestão de toda “cadeia” de produção do ouro, começando pela escolha criteriosa, nos primeiros anos de exploração, de negros africanos que dominavam a técnica da mineração nos seus países de origem, até as consequências não previstas, mas de relevância mundial, como o financiamento da Revolução Industrial Inglesa.

A antiga Casa da Moeda foi visitada pela sua importância em termos do papel do governo nas atividades de coleta e fiscalização dos impostos e as consequências no sistema e na sociedade advindos disso (inclusive o movimento dos inconfidentes). Já a Praça Tiradentes como símbolo dos desdobramentos políticos e sociais que uma atividade econômica pode acarretar. E, por fim, as duas Igrejas, uma do início do ciclo (em determinada fase do barroco e com abundância do ouro) e outra do final (em fase posterior do movimento e na decadência do ciclo) como representativas dos efeitos religiosos e culturais visíveis geradores de novas oportunidades e atividades de negócios que sempre ocorrem nesses ciclos econômicos como subprodutos do desenvolvimento.

A circulação na cidade, especialmente nos trajetos entre cada local de visitação, também serviu de observação de maneira ampla dos impactos indiretos do desenvolvimento econômico na vida urbana e arquitetônica da cidade de acordo com as preferências e cultura daquela sociedade que, no final das contas, todo administrador e gestor em qualquer época precisa levar em consideração na sua tomada de decisões.

O estudante André Cardoso disse que a visita foi muito produtiva e interessante. A acadêmica Ana Flávia Ribeiro destacou que os lugares visitados foram bem úteis para se conhecer com mais detalhes parte da história da economia brasileira, especialmente as técnicas de extração do ouro. Por fim, a estudante Graziela Teixeira relatou que a viagem, além de ter contribuído para aquisição de certos conhecimentos de economia e gestão, foi ótimo também para interação maior da turma.

A gestora do curso, Daiane Freitas, destaca a importância de visitas técnicas como esta para aproximar o aluno da realidade contada nos livros, tornando o processo de aprendizagem mais eficaz.