Papel das áreas verdes na redução de doenças crônicas nas cidades

A presença de áreas verdes nos bairros, sejam parques, árvores ou outros tipos de vegetação, tende a trazer efeitos positivos para a saúde.

Publicado em 03 de junho de 2016

Foto: MorgueFile

Karine de Almeida Paula: Geógrafa, Mestre em Arquitetura e Urbanismo. Professora nos cursos de Engenharia Ambiental e Gestão Ambiental da Univiçosa

Um estudo realizado por pesquisadores dos Estados Unidos (Escola de Medicina Miller – Miami) analisou os dados de 250 mil pessoas com mais de 65 anos de idade com o objetivo de verificar a relação entre as doenças crônicas e a presença ou não de áreas verdes nas cidades. As informações foram coletadas entre 2010 e 2011, juntamente com as imagens de satélites da Agencia Espacial dos EUA (NASA). A análise destas imagens tinha como objetivo mapear e quantificar a presença de áreas verdes nos bairros dos pacientes monitorados. E ao final do estudo foi constatado que as áreas verdes desempenham um papel importante na redução de doenças crônicas.

De acordo com o estudo, notou-se que em áreas com cobertura de vegetação há uma redução de até 14% nas taxas de diabetes, de 13% nas taxas de hipertensão e 10% nos distúrbios de colesterol.

Neste contexto, para os pesquisadores a presença de áreas verdes nos bairros, sejam parques, árvores ou outros tipos de vegetação, tende a trazer efeitos positivos para a saúde. Esta constatação não se restringe somente a idosos, mas a todos os moradores vizinhos as áreas verdes. Tais áreas podem auxiliar na redução da poluição do ar, na regulação da umidade do ar e na minimização do fenômeno ilha de calor, além é claro, de diminuírem o estresse, impulsionar a atividade física e favorecer a interação social.