Alunos de Engenharia Ambiental e Gestão Ambiental visitam a Usina Nuclear de Angra dos Reis

A atividade fez parte das disciplinas de Geologia Aplicada à Engenharia Ambiental e Avaliação de Impactos Ambientais, ministradas pelo professor Daniel Jaques.

Publicado em 13 de maio de 2016

Equipe da Univiçosa durante a visita técnica

Nesta quinta-feira (12), estudantes dos cursos de Engenharia Ambiental e Gestão Ambiental da Univiçosa realizaram visita técnica às instalações da Usina Nuclear de Angra dos Reis/RJ, composta pelas usinas Angra 1, Angra 2 e Angra 3 (em construção). A atividade fez parte das disciplinas de Geologia Aplicada à Engenharia Ambiental e Avaliação de Impactos Ambientais, ministradas pelo professor Daniel Jaques.

A central nuclear comandada pela Eletronuclear (subsidiária da Eletrobrás) opera com potência total de 2000 megawatts. Em Angra 2 são 1350 megawatts, o suficiente para alimentar uma cidade de 2 milhões de habitantes, como Belo Horizonte. A maior parte da energia é comercializada para dentro do próprio Estado, principalmente para a cidade olímpica do Rio de Janeiro, correspondendo a mais de 30% de toda sua demanda.

Os estudantes foram recebidos por especialistas no centro de informações técnicas da empresa assistiram a palestra geral sobre os aspectos tecnológicos, ambientais, sociais e econômicos desde a construção e inauguração (1985) até a operação atual. Foi explicado, por exemplo, como é feita a avaliação da qualidade ambiental do entorno. Por meio de diagnósticos ambientais dos elementos componentes do meio ambiente na área da usina, como a água do mar, o ar atmosférico e a fauna marinha, antes da sua construção obtiveram dados os quais são comparados com os dados de monitoramentos atuais para avaliar a situação ambiental antes do projeto e depois de sua construção e atual operação. Esses monitoramentos ambientais envolvem análise da qualidade da água, do solo, do ar, monitoramento da vida aquática, dentre outros.

Após conheceram de perto as instalações da Usina de Angra 2, de maior atividade. Após as orientações sobre segurança foram conduzidos até o cérebro da central nuclear: a sala de controle. Nestas salas os controladores comandam cada etapa e equipamentos de todos os processos das usinas nucleares. Em seguida entraram no prédio onde ficam as robustas turbinas e geradores, receberam a explicação completa de como é gerada a energia elétrica que sai da usina para as redes de distribuição. Viram, portanto, que existe uma sequência bem definida de transformação de um tipo de energia em outro. A fonte inicial são as pequenas pastilhas de urânio que, nos reatores, são submetidas à fissão nuclear liberando quantidade de energia suficiente para elevar a temperatura (energia térmica) da água pressurizada no entorno do reator que, em seguida, é vaporizada e, devido à sua alta temperatura e pressão, flui em alta velocidade (energia cinética) por tubulações até as turbinas que estão acopladas aos geradores nos quais ocorre, por fim, a transformação da energia mecânica do giro das pás das turbinas em energia elétrica.

Para a estudante do curso de Gestão Ambiental, Dayana Ferreira, “a visita na Eletronuclear nos mostrou como deve se portar uma empresa grande com a sociedade e o meio ambiente, como são feitos os monitoramentos e os procedimentos em caso de erro. Visitamos suas instalações, o que me deixou encantada, e proporcionou a nós estudantes uma ideia da responsabilidade que uma empresa como essa deve ter para que nada prejudique o nosso ambiente”.

“Conseguimos conhecer o conceito verdadeiro da energia nuclear que, ao contrário do que se pensa, é segura, sustentável e, portanto, uma forma de energia limpa”, disse Ronilson Guedes estudante do curso de Engenharia Ambiental.