Bárbara Calçado Lopes Martins – Administradora, Mestre em Administração, Professora dos cursos de Administração e Gestão de Empresas da Univiçosa.
Quando uma pessoa escuta a expressão matemática financeira (principalmente administradores, economistas e contadores) lembra da disciplina que estudamos na graduação, aquela na qual, através de várias teorias e fórmulas, aprendemos sobre o valor do dinheiro no tempo.
Em um primeiro momento, principalmente como estudantes, temos a tendência de achar que todas essas teorias e fórmulas que aprendemos servirão apenas se quisermos trabalhar na área financeira de uma organização. E daí vem aqueles pensamentos: “para que vou aprender isso se nem pretendo trabalhar nessa área?”, ou ainda “para que aprender se hoje já existem programas que calculam tudo?”
Começando pelo segundo questionamento, que é muito comum em outras disciplinas também, é sempre importante sabermos que não adianta ter um resultado se não sabemos interpretá-lo. Existem vários tipos de juros e descontos, que vão depender da situação em que você vai fazer um financiamento/investimento para que seja a decisão correta. E para tomar essa melhor decisão é necessário um conhecimento sobre o assunto.
Vamos então ao primeiro questionamento, cuja resposta é o objetivo principal dessa matéria. Se você já está no mercado ou é um consumidor de produtos e serviços, já está lidando com a matemática financeira sem perceber. A principal informação que a matemática financeira nos traz é que o dinheiro vai perdendo seu valor ao longo do tempo. Para entender isso basta pensar se com R$ 10,00 você consegue comprar hoje, as mesmas coisas que conseguia compraria há um ano atrás com esse valor. E, a partir do momento que vamos comprar algo e analisamos seu valor e o prazo que pagaremos, já estamos fazendo uma análise financeira. A diferença é que com o conhecimento você consegue tomar decisões mais corretas e embasadas, principalmente quando a compra tem um grande valor.