Argamassa polimérica é inovação no mercado brasileiro

A Engenharia tem avançado em pesquisas que busquem cada vez mais a inserção de técnicas sustentáveis, principalmente, no ramo da construção civil

Publicado em 20 de março de 2017

Foto: MorgueFile

A Engenharia tem avançado em pesquisas que busquem cada vez mais a inserção de técnicas sustentáveis, principalmente, no ramo da construção civil. Após os concretos especiais se destacarem como inovação no mercado como concretos leves, pesados, concretos-massa, projetado e concreto compactado a rolo, dentre outros, as argamassas também têm presentado avanços tecnológicos. Exemplo disto é a criação da argamassa polimérica.

Sendo divulgada no exterior e já ganhando mercado nacional, a argamassa polimérica é exemplo em economia para assentamento de tijolos cerâmicos para alvenarias. No segundo semestre de 2016, um grupo de orientados do professor Klinger  Rezende realizou se Trabalho de Conclusão de Curso em um estudo qualitativo de uma argamassa polimérica já vendida  no Brasil. Klinger Rezende é Klinger S. Rezende: Engenheiro Civil, Mestre em Geotecnia e professor de Mecânica dos Solos e Mecânica dos Solos Avançada, Materiais de Construção Civil e Barragens na Univiçosa.

Os acadêmicos Aracy Amorim e Antônio Carlos Nametala realizaram vários ensaios de laboratório neste material e verificaram que esta argamassa apresenta satisfatória aderência quando aplicadas em blocos cerâmicos. Contudo, sua utilização em blocos de concreto é ineficiente, uma vez que não foi possível a aderência aos blocos da mesma forma que se verificou aos cerâmicos. Por ora, essa não aderência pode ser justificada pela maior porosidade dos blocos de concreto em relação aos cerâmicos, bem como pela rugosidade e aspereza da superfície dos blocos de concreto.

Além disso, uma das conclusões do grupo é que as normas técnicas vigentes (NBR’s) ainda não apresentam definições e padronizações de ensaios para demais convicções em relação à integridade deste produto, uma vez que, ao se tentar realizar ensaios de argamassas convencionais utilizando  a argamassa polimérica, os resultados, principalmente de resistência e desempenho, não puderam ser realizados pois a argamassa apresentava alto índice de retração nas porções mais  externa dos corpos de provas e, em seu interior, ainda permaneciam  em estado fresco. Contudo, sua aplicação como filetes entre os blocos cerâmicos para assentamento se mostrou econômica e rápida, sendo exemplo de sustentabilidade na Construção Civil.