Foram discutidos métodos alternativos ao uso de animais e reprodutibilidade de ensaios científicos como estratégias para a redução de animais em ensino e pesquisa.
As professoras do curso de Medicina Veterinária, Letícia Bergo e Ludmila Fernandes, membros da Comissão de Ética com o uso de Animais (CEUA) da Univiçosa, participaram do III Simpósio do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), em comemoração aos 10 anos da Lei Arouca. O evento aconteceu nos dias 13 e 14 de agosto em São Paulo/SP.
A Lei Arouca (lei nº 11.794 de 08 de outubro de 2008) regulamenta o uso de animais em atividades de ensino e pesquisa científica no Brasil. Essa lei determina que toda instituição que utiliza animais nas atividades citadas, deve constituir uma Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA), como uma instância colegiada que avalia e delibera todos os projetos de pesquisa e protocolos de ensino que envolvam o uso de animais, além de cumprir e fazer cumprir a Lei Arouca, inspecionar e supervisionar essas atividades.
Durante o III Simpósio do CONCEA foram abordados os avanços na legislação nacional relacionada ao uso de animais no ensino e pesquisa, e dadas instruções sobre o uso no novo sistema CIUCA (Cadastro de Instituições de Uso Científico de Animais). Foi destacada a importância do cumprimento das exigências contidas no Guia Brasileiro de Produção, Manutenção ou Utilização de Animais em Atividades de Ensino e Pesquisa Científica, de acordo com a espécie. Os membros do CONCEA destacaram a importância do trabalho em conjunto das instituições, CEUAs, docentes, pesquisadores e responsáveis técnicos para que as adequações sejam feitas e as normas cumpridas.
Foram discutidos métodos alternativos ao uso de animais e reprodutibilidade de ensaios científicos como estratégias para a redução de animais em ensino e pesquisa. É necessário que docentes, pesquisadores e instituições busquem métodos alternativos e refinem suas pesquisas com animais, de modo que, a amostragem seja suficiente para a obtenção de dados fidedignos, para que não seja necessária a repetição do ensaio utilizando-se outros animais.