Relações entre a má qualidade ambiental e doenças crônicas

Fatores de risco ambientais, a poluição do ar, da água, do solo, exposição a produtos químicos, mudanças climáticas e radiação ultravioleta, por exemplo, podem contribuir para mais de 100 doenças ou traumatismos afirma a OMS.

Publicado em 23 de maio de 2016

Poluição é um dos fatores que provocam doenças (Foto: MorgueFile)

Karine de Almeida Paula: Geógrafa, Mestre em Arquitetura e Urbanismo. Professora nos cursos de Engenharia Ambiental e Gestão Ambiental na Univiçosa

De acordo com o último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentado em março de 2016, as más condições ambientais são responsáveis por 12,6 milhões de mortes por ano no planeta. Isso significa que cerca de 23% das mortes no mundo ocorrem por se “viver ou trabalhar em ambientes pouco saudáveis”.

Os fatores de risco ambientais, a poluição do ar, da água, do solo, exposição a produtos químicos, mudanças climáticas e radiação ultravioleta, por exemplo, podem contribuir para mais de 100 doenças ou traumatismos afirma a OMS.

As doenças são crônicas, em sua maioria, como as cardiovasculares, enfartes, câncer ou doenças respiratórias. Nesta última década a OMS ressalta que as mortes em decorrência de doenças infecciosas como diarreia e malária reduziram, e estavam vinculadas à má qualidade da água, do saneamento e da gestão do lixo. Supõe-se que por trás dessa redução estaria a melhoria do acesso à água potável e ao saneamento, assim como a imunização a focos de mosquito tratados com inseticidas e a medicamentos essenciais, conforme afirma a organização.

Dessa maneira, observa-se que as mudanças no padrão das mortes causadas por problemas ambientais propõem desafios. As doenças crônicas se mostram mais custosas para um país se comparadas às infecciosas.