Barcelona: uma cidade para pedestres?

 

Publicado em 04 de julho de 2016

Foto: MorgueFile

Karine de Almeida Paula: Geógrafa, Mestre em Arquitetura e Urbanismo. Professora nos cursos de Engenharia Ambiental e Gestão Ambiental na Univiçosa

Barcelona tem se reconfigurado no que diz respeito a sua morfologia urbana com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana na cidade. O projeto, ainda no formato de um projeto de lei, pretende construir o que poderia ser chamado de “superblocos”, caracterizados como áreas onde os pedestres terão prioridade e carros acesso restrito. Dessa maneira, objetiva-se que a qualidade de vida seja priorizada e assegurada pela revitalização de espaços públicos, assim como, pela construção de áreas verdes.

Nestes “superblocos” os blocos residenciais serão transformados em um só, e no interior deles os veículos de não residentes serão banidos e os habitantes poderão trafegar de carro, porém em velocidade reduzida. Soma-se também, a prioridade a ciclistas e daqueles que se locomovem a pé.

Tal ação pode ser entendida como uma das metas focadas na sustentabilidade/mobilidade. Dessa maneira, objetiva-se que a mobilidade se torne mais sustentável, eficiente, segura e saudável, tendo em vista que, o ar em Barcelona se mostra extremamente poluído e a incidência de doenças respiratórias é alta.

Ao encorajar a população a andar a pé, de bicicleta ou de transporte coletivo acredita-se que pode haver uma diminuição relativa da emissão de gases poluentes. Ao melhorar a mobilidade urbana a qualidade de vida pode ser aprimorada e a relação do habitante com a cidade pode ser mudada também.