Publicado em 10 de fevereiro de 2010

Muitos computadores ainda sem internet (Foto: http://www.photl.com/pt)
Segundo Célber Limonge, Gestor do Curso de Fisioterapia da Faculdade, especialista em Terapia Manual, a dor é insuportável naquele momento e pode, com o tempo, trazer dormência e queimação nos dedos e impedir a prática de atividade física.
Todos estes sintomas levam ao diagnóstico de Neuroma de Morton: uma pequena massa que se forma ao redor do nervo plantar comum que passa na planta do pé, no ponto onde o nervo se divide em dois ramos que vão para os dedos. Localiza-se, normalmente, entre a terceira e quarta cabeças dos metatarsos. A apalpação no espaço interdigital pode levar ao sintoma.
A causa principal parece ser a biomecânica deficiente do antepé [parte da frente do pé], em que um metatarso gera tensão em sua articulação adjacente e vai pressionando o nervo; a sobrecarga corporal e de exercícios aliada aos sapatos apertados e inadequados, é o agressor mais identificado na anamnese. A extensão dos dedos durante a descarga de peso, como ocorre no agachamento, na subida das escadas, caminhada ou na corrida podem aumentar os sintomas.
“Setenta por cento dos casos revertem os sintomas sem cirurgia. O Neuroma está ali, e as medidas que foram feitas na crise devem permanecer na manutenção. Caso isto não aconteça a dor vai voltar. Procure estar no seu peso corporal adequado, compre calçados adequados ao seu pé e mantenha-se em boa forma física através de exercícios que não sobrecarreguem o pé”, aconselha Celber Limonge.
Tratamento conservador
1. Medidas antiinflamatórias: uso de eletroterapia, tem um bom resultado na fase inicial;
2. Melhora da biomecânica: exercícios terapêuticos e palmilhas que organizem o arco do pé auxiliam a musculatura e proporcionam mobilidade suficiente para absorção da carga;
3. Escolha do calçado: avalie qual tênis/sapato deixa seu antepé mais livre para movimentação. Geralmente se recomenda solado macio e evitar usar salto muito alto e bico fino, optando por sapatos sociais confortáveis;
4. Técnicas de Terapia Manual, como manipulação e mobilização articular, são ótimas para esta patologia, pois aumentam a mobilidade da área afetada, beneficiando a biomecânica;
5. Devem ser feitas mudanças no treinamento.