Publicado em 19 de outubro de 2007
A atual conjuntura do mercado de trabalho leva muitos universitários, como também vestibulandos, a pensar além da sua formação no curso superior. O que mais é necessário para o enriquecimento do currículo? Após o término da faculdade é mais indicado fazer uma pós-graduação ou adquirir o máximo de experiência profissional possível?
Para a Coordenadora do Curso de Gestão de Pequenas e Médias Empresas (Processos Gerenciais), Larisse Santos, a pós-graduação representa um grande diferencial no mercado de trabalho, cada vez mais seletivo. Um exemplo, segundo Larisse, são as empresas com planos de carreira que prevêem a ascensão de funcionários que dão continuidade aos estudos após a graduação.
Quais estudos são esses? A especialização, ou, pós-graduação. São dois tipos de pós-graduação – lato sensu e stricto sensu – cada qual com as suas especificidades. Também nomeada “Especialização”, a pós-graduação lato sensu é voltada às expectativas de aprimoramento acadêmico e profissional e com caráter de educação continuada. Nesta categoria estão os cursos de Especialização – dentro destes os cursos designados como MBA (Máster Business Administration) ou equivalentes – e de Aperfeiçoamento.
A Especialização lato sensu geralmente tem um formato semelhante ao dos cursos tradicionais, com aulas, seminários, conferência, e trabalhos de pesquisa sobre os temas concernentes ao curso. A carga horária tem duração média de 360 horas (o equivalente a um ou dois anos de duração) dependendo do curso. O MBA, uma categoria da Especialização que possui significativa demanda nos dias atuais, é um curso de formação de executivos, com duração média de 420 horas, e voltado para profissionais que tenham experiência de pelo menos três anos de mercado. Já o Aperfeiçoamento é aquele que visa a ampliação de conhecimento em matéria ou conjunto de disciplinas. Possui uma carga menor que a Especialização e não exige, necessariamente, a construção de um Trabalho de Conclusão de Curso. Em geral, para se cursar o Aperfeiçoamento o profissional já deve possuir uma base prévia daquele conhecimento na graduação. O que, essencialmente, não ocorre no caso da Especialização.
A pós-graduação stricto sensu caracteriza-se pela formação de profissionais altamente qualificados, com vistas ao ensino, pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico. Existem dois tipos de especialização stricto sensu: mestrado e doutorado. O Mestrado tem duração média de dois anos e se diferencia em dois tipos: Mestrado Profissional, a pesquisa direcionada ao trabalho em instituições públicas ou privadas; e Mestrado Acadêmico, a pesquisa direcionada ao exercício do magistério no ensino superior. Ao final do curso, o estudante tem que elaborar e apresentar uma dissertação. Por sua vez, o Doutorado, geralmente realizado após o Mestrado, é um curso que tem duração média de quatro anos, e exige a elaboração e defesa de uma tese.
Conhecidas as variações da especialização, surge mais uma dúvida na cabeça do universitário que acaba de concluir o curso superior: “qual tipo de pós-graduação que melhor se enquadra ao meu perfil?”. Larisse Santos explica que a escolha depende, necessariamente, da estratégia de carreira profissional do universitário, de como ele se vê atuando futuramente no mercado de trabalho. “Se você deseja ser um professor universitário o melhor é optar por um mestrado e/ou doutorado. Já se o seu perfil for o de ser pesquisador numa instituição, você pode optar pelo Mestrado Profissional, que se assemelha bastante com o Mestrado Acadêmico”.
A escolha de uma especialização adequada é de vital importância para a carreira profissional, mas é preciso salientar que não existe um momento certo para o ingresso em um curso de pós-graduação. A necessidade varia de acordo com cada profissional. Muitos migram para o mercado de trabalho logo após a conclusão da graduação, e depois retornam para fazer uma pós. E há aqueles que optam por ingressar imediatamente em uma especialização, depois de concluído o curso superior. Entretanto, Larisse Santos atenta para a influência que a distância temporal exerce no desempenho da pós-graduação. Para ela, quanto maior for o espaço de tempo entre a graduação e a pós, maior a dificuldade do aluno no desempenho das disciplinas, pois a tendência é a perda do ritmo e hábito de estudos quando se abandona a sala de aula. A escolha da melhor ocasião para dar continuidade à formação profissional é diretamente influenciada pela capacidade de aprendizagem e disposição do estudante.
Saiba mais sobre os cursos de especialização.