Dia Nacional de Conservação do Solo

Publicado em 15 de abril de 2016

Foto: MorgueFile

Cristiane Pires Sampaio: Engenheira Agrícola. Gestora do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental e MBA em Gestão e Análise Ambiental.

Por ser um recurso natural renovável de suma importância para o ser humano e os animais e com o intuito de conscientizar sobre a necessidade da preservação, conservação e da utilização desse recurso natural existem três datas comemorativas, que são: 15 de abril (Dia Nacional da Conservação do Solo); 22 de abril (Dia Internacional da Mãe Terra) e 5 de dezembro (Dia Mundial do Solo).

Segundo FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 33% dos solos do mundo estão degradados por erosão, salinização, compactação, acidificação, contaminação, que acarretam vários danos tais como: o selamento da terra, agravando as enchentes; e perda de fertilidade, os solos degradados captam menos carbono da atmosfera, interferindo nas mudanças climáticas. Porém, quando gerido de forma sustentável, o solo pode desempenhar um papel importante na diminuição das alterações climáticas, por meio do sequestro de carbono e outros gases de efeito estufa.

No Brasil, o cenário é bem preocupante, sendo os principais problemas encontrados a erosão, perda de carbono orgânico, desequilíbrio de nutrientes, a salinização, poluição e acidificação. Sendo o país que mais detém áreas que podem ser incorporadas à agricultura, é necessário que se avance na adoção de práticas sustentáveis na produção de alimentos e no conhecimento dos solos, visto que se têm tecnologias que promovem a agricultura sustentável, mas elas precisam ser efetivamente adotadas pelos produtores, tais como o plantio direto, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e a fixação biológica de nitrogênio, por exemplo.

Neste contexto, pesquisas afirmam que até 2030 será necessário aumentar a produtividade mundial de alimentos em 60% para suprir a população que somará 8,5 bilhões de pessoas, confirmando a necessidade de ações que objetivam o uso racional e manejo dos recursos naturais, sobretudo do solo, da água e da biodiversidade, a fim de promover a agricultura sustentável, atendendo as necessidades das gerações futuras.