Primeiros trabalhos de recuperação das margens do Rio Doce

Publicado em 23 de março de 2016

Área revegetada. O antes e o depois. (Foto: Samarco)

Daniel Silva Jaques: Engenheiro Ambiental, Mestre em Geotecnia. Professor do curso de Engenharia Ambiental da Univiçosa.

Os primeiros trabalhos realizados do plano de recuperação das áreas degradadas, devido ao rompimento das barragens de Fundão e Santarém, tem o intuito de promover a melhoria nos níveis de cor e turbidez dos cursos d’água afetados. Assim, segundo dados recentes da Vale, já foram revegetados quase 3 milhões de m2 – equivalente a 406 campos de futebol – das margens dos rios Gualaxo e Doce, entre Mariana e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, localizada entre as cidades de Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado.

Esta etapa do trabalho promove a melhoria das condições do solo e possibilita ações futuras de recuperação do solo, minimização de dispersão de poeira e auxilia na contenção de sedimentos para os cursos d’água.

No plantio foi semeado um mix de sementes de gramíneas e leguminosas, espécies de recobrimento rápido da área, que contribuem para evitar a erosão. Estas plantas auxiliam, ainda, na melhoria das condições químicas, físicas e microbiológicas da lama, preparando a área para as ações definitivas de recuperação.

Para realizar esse tipo de trabalho é necessária uma equipe multidisciplinar. E o que diferencia o Engenheiro Ambiental dos demais profissionais que atuam nesta área é que, além de identificar e avaliar a dimensão do problema, ele consegue propor a solução, projetá-la, implantá-la e monitorá-la. Os alunos do curso de engenharia ambiental da Univiçosa têm a oportunidade de desenvolver estas habilidades em sala de aula e em visitas técnicas promovidas principalmente nas disciplinas de “Avaliação de Impactos Ambientais”, “Geologia aplicada à Engenharia Ambiental” e “Recuperação de áreas Degradadas”.